O Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João 1.14
Havia, naquela mesma região,
pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da
noite.
E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao
redor deles; e ficaram tomados de grande temor.
O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande
alegria, que o será para todo o povo:
é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e
deitada em manjedoura.
E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando
a Deus e dizendo:
Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele
quer bem.
E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros:
Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer.
Foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura.
E, vendo-o, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino.
Todos os que ouviram se admiraram das coisas referidas pelos pastores.
Maria, porém, guardava todas estas palavras, meditando-as no coração.
Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que
tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado.
Lucas 2.8-20
De certo ponto de vista, a encarnação do “DEUS conosco” representou mais humilhação do que glória. A região em que Jesus nasceu havia sido marcada pela humilhação do domínio assírio. A profecia de Isaías diz que Deus a tornou desprezível. (Isaías 9.1-7)
Ainda assim, em muitos momentos desde o seu nascimento “vimos sua glória, glória como do unigênito do Pai”. O nascimento foi cercado de acontecimentos extraordinários como vemos nos evangelhos. Atos sobrenaturais, visões angelicais, vozes celestiais, enfim o cumprimento da aguardada promessa de forma grandiosa e solene.
Vemos nessas narrativas, que a glória do Natal gerou Temor e Adoração. A glória do Senhor os cercou de resplendor. A glória do Natal causou um impacto grandioso para que uma verdade fosse guardada: “Boas novas de grande alegria que será para todo o povo: Na cidade de Davi, vos nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor”
Os seus pais viram sua glória. Simeão viu a Glória do Natal! Consideremos e imaginemos essa cena, por exemplo: “
Havia em
Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso que esperava a
consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele.
Revelara-lhe o Espírito Santo que não passaria pela morte antes de ver o Cristo
do Senhor.
Movido pelo Espírito, foi ao templo; e, quando os pais trouxeram o menino Jesus
para fazerem com ele o que a Lei ordenava,
Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo:
Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra;
porque os meus olhos já viram a tua salvação,
a qual preparaste diante de todos os povos:
luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel.
E estavam o pai e a mãe do menino admirados do que dele se dizia.
Lucas 2.25-33
É uma cena muito tocante e impactante!
Os discípulos viram sua glória em muitos momentos. Nos diversos milagres que presenciaram. Viram sua glória também nas falas de Jesus que deixavam os ouvintes extremamente admirados pela exposição de sabedoria do céu. Não era puro e simples amontoado de enunciados. Em um desses momentos Jesus, se manifestou de forma grandiosa na Festa dos Tabernáculos, dando aos seus ouvintes o real significado daquela festa. É importante destacar que Jesus se fazia presente em cada evento importante do calendário litúrgico. Pois não eram festas ou datas inventadas por homens, mas instituídas pelo próprio Deus. Havia dois grandes momentos nessa que era uma das festas mais importantes no calendário litúrgico do povo judeu, como descreveu o escritor John Sittema:
A primeira cerimônia, a Coleta da Água, devia impressionar a multidão: Nissuch Ha-Mayim era, de fato, um ritual extremamente dramático.
Um sacerdote levítico ataviado com seus trajes imponentes e carregando uma jarra de ouro, percorria a longa descida pelas ruas tortuosas de Jerusalém, do Templo até o tanque de Siloé, acompanhado, a cada passo do caminho, por flautistas litúrgicos e centenas de adoradores. Sem dúvida, as crianças corriam adiante nas ruas pavimentadas com pedras e se metiam nos espaços vazios para ver melhor. Depois da coleta cerimonial de água do tanque, o sacerdote conduzia a procissão de volta ao Templo, entrando pela Porta das Aguas. Trombetas de chifre de carneiro, os shofarim, anunciavam sua chegada com um toque sonoro e prolongado, um trinado e outro toque prolongado. Jesus participou da festa conforme era celebrada em seu tempo, que incluía a cerimônia da Coleta da Água. Em Jesus, o caráter dramático intenso da cerimônia alcançou patamares ainda mais elevados. “No último dia, o grande dia da festa”, talvez no exato momento em que o sumo sacerdote derramava a água de maneira dramática para todo o povo ver, Jesus se levantou e disse em alta voz, acima dos sons do sacerdote e da movimentação irrequieta das crianças: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (Jo 7.37-38).
(Encontrei Jesus numa festa em Israel / John Sittema Tradução de Abbey editoração . _ São Paulo: Cultura Cristã, 2010)
Nesse ritual de derramamento de água sobre o altar, trazida do posso de
Siloé (Trad Enviado) o evangelho de João nos conta que “No último dia, o grande
dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha
a mim, e beba.
Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu
ventre.
João
7.37,38
Jesus mais uma vez mostrando a sua glória. Ele é a água que saiu da rocha (1Co.10.4) e que saciou a sede do povo durante a peregrinação pelo deserto.
Outra cerimônia marcava a celebração da Festa no primeiro século. Era um acontecimento noturno que concluía a semana de festividades com uma exibição espantosa, que deixava os participantes sem palavras.
No início do dia, quatro candelabros imensos, cada um com 25 metros de altura, eram colocados no pátio das mulheres. No alto de cada um, ficava o óleo que serviria de combustível para as chamas e, junto aos candelabros, eram colocadas escadas para que jovens de famílias sacerdotais içassem cântaros com capacidade de dez galões para encher os recipientes. Os pavios das lâmpadas eram grossos, feitos de linho torcido das vestes utilizadas pelos sacerdotes no ano anterior. A luz das lâmpadas era extremamente brilhante, conforme a Mishná relata: “Não havia terraço em Jerusalém que não fosse iluminado por sua luz”. (Encontrei Jesus numa festa em Israel / John Sittema Tradução de Abbey editoração . _ São Paulo: Cultura Cristã, 2010)
Nessa bela cerimônia vemos Jesus mais uma vez se identificando com o significado da festa e mostrando sua glória:
Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.
João8.12
Conclusão
Podemos dizer com propriedade como disse o Apóstolo João “O verbo se fez
carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, como glória do unigenito do
Pai” ?
Que tipo de impacto essas narrativas causam em nós?
E essas falas e ensinos elevados de Jesus, o que tem gerado em nós ?
Que o Natal hoje e sempre represente para nós a grandeza e realidade das profecias, e dessas narrativas!
Pois um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Isaías 9.6
Querido Tio!
ResponderExcluirComo é bom ler seus textos, meditar nos seus ensinamentos e apreender mais um pouco da palavra de Deus. Eu fico alegre em ler textos e reflexões tão bons, e pensar "poxa, é meu tio que escreve"... Que orgulho.
Que Deus continue o abençoando e capacitando.
Amo você 🥰
Muito obrigado, pelas palavras, orações e consideração!!
ResponderExcluirTE AMO ❣️💖💝❤️