segunda-feira, 4 de maio de 2009

A MORTE DA PREGAÇÃO


"Quando, em algum lugar, uma voz fiel se levanta para advertir, existe um clamor geral e uma exigência de que o silêncio seja mantido." Maurice Roberts

O estado de alienação constatado entre boa parte dos membros das igrejas brasileiras é simplesmente desesperador. Essa alienação tem afetado diretamente o serviço da Igreja. Muito do que se faz nas igrejas tem nada a ver com o reino de Deus. Pregadores, por exemplo, são convidados não por conteúdo bíblico consistente, mas pela performance de “showbusiness” ou pela novidade que representarão na programação da igreja. Há pregadores performáticos com algum conteúdo (raríssimo), e há os da novidade com ou sem conteúdo, mas “para alegria geral da nação”, isso tanto faz !
Esse indiferentismo é a essência da doença que assola as nossas igrejas.

CAUSAS E EFEITOS

Entre as principais causas dessa calamidade estão os “púlpitos fracos”, que se prestam cada vez mais ao pragmatismo para encher templos e aumentar a arrecadação. O que segue são alguns fatores secundários desta situação nebulosa. Citarei alguns e se alguém quiser pode acrescentar outros, ou mesmo aprofundar a discussão desses:
  • A amnésia da verdadeira vocação dos pastores.
Tem sido profundamente lamentado o fato de os ministros terem-se tornado “administradores" em vez de pastores, Diretores Corporativos ao invés de ministros da palavra, sacramento e disciplina.
(http://www.monergismo.com/textos/pregacao/importancia-pregacao-sadia_michael-horton.pdf)

  • A supervalorização da experiência (testemunho) em detrimento da exposição do texto bíblico.
Mesmo nossos testemunhos quanto às mudanças que Cristo fez em nossas vidas não são a pregação do Evangelho, pois é a vida de Cristo e não a nossa que é “boa nova” para os pecadores.
(http://www.monergismo.com/textos/pregacao/importancia-pregacao-sadia_michael-horton.pdf)
  • O foco nas necessiades sentidas, e não nas necessidades reais.
Sempre existe o perigo de nos desviarmos da suficiência da Palavra de Deus, especialmente a suficiência da Palavra pregada. Parece que nos esquecemos de que quando o ministro sobe ao púlpito, ele está nos falando no lugar de Cristo, como embaixador real de Cristo, e em sua voz Soberana.
O pregador não está lá para disseminar suas conjecturas nas necessidades e assuntos importantes do dia, nem mesmo para aplicar a Bíblia especialmente à vida diária (embora a aplicação seja parte de sua tarefa).
(http://www.monergismo.com/textos/pregacao/importancia-pregacao-sadia_michael-horton.pdf)

"William H. Willimon, bispo da conferencia Norte Alabama da Igreja Metodista Unida, falou da futilidade da pregação direcionada às necessidades sentidas numa entrevista recente no Leadership. Suas palavras são dignas de menção:
Jesus não satisfaz nossas necessidades; ele as rearranja. Ele se importa muito pouco sobre muitas coisas que assumo como minhas necessidades, e me dá necessidades que nunca teria caso não encontrasse Jesus. Ele as reordena.
Eu costumava perguntar aos seminaristas: “porque você está no seminário?”. Eles diziam: “eu gosto de satisfazer as necessidades das pessoas”. E eu replicava: “Ó verdade? Se você tentasse isso com as pessoas que conheço, elas comeriam você vivo!”.
Agora, se você é um pastor em Honduras, poderia ser bom definir seu ministério como satisfazer necessidades, pois a maioria das pessoas em Honduras tem necessidades bíblicas interessantes – comida, vestimenta e moradia. Mas a maioria das pessoas nas igrejas que conheço recebe essas necessidades sem oração. Assim, elas consideram “necessidades” o orgasmo, uma carreira satisfatória, uma vida agradável de amor, uma perspectiva positiva sobre a vida, e coisas nas quais a Bíblia não tem absolutamente nenhum interesse."
(http://www.monergismo.com/textos/pregacao/problema-necessidades_mohler.pdf)

  • A elevada confiança no poder de persuasão do pregador em detrimento da confiança no poder da Palavra
Pregar torna-se apenas uma demonstração dos poderes inventivos do pregador, enquanto o trabalho árduo exigido pela exegese séria desaparece de cena.
(http://www.monergismo.com/textos/pregacao/pregacao-alegorica_stuart-olyott.pdf)
  • A preguiça ou falta de tempo na preparação dos sermões
EM BREVE CITAREI OUTRAS CAUSAS, QUE ALIÁS ESTÃO INTER-RELACIONADAS, E OS EFEITOS DEVASTADORES DE TUDO ISSO....

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