“Louvor não apenas expressa alegria, mas é a consumação da alegria. Quando nos convida para o louvor e adoração, Deus está nos convidando para que nos regozijemos Nele” - C. S. Lewis
Há realmente um prazer intrínseco no louvor e adoração, e isto pode ser constatado até nas situações mais corriqueiras da vida. Quando gostamos de uma pessoa ou até mesmo de um produto do supermercado, a nossa alegria e o nosso prazer não se completam, até que elogiemos (louvemos) as qualidades e virtudes da pessoa ou do produto diante de outras pessoas.
Mas quando se trata de adorar a Deus a questão toda se complica, pois “Deus não reparte a sua glória”. Assim, a nossa dificuldade é entender que o fato de sentirmos prazer na adoração não significa que tudo gire em torno de nós mesmos. Esse entendimento requer intimidade com Deus, que por sua vez demanda intimidade com a Palavra de Deus.
Intimidade com Deus, não é chamar Deus de “painho” ou coisa que o valha. Também não é ser tão “íntimo” ao ponto de tratá-lo com irreverências do tipo o “cara lá de cima”, ou algo parecido.
Nesse sentido podemos dizer que há dois grandes obstáculos à adoração:
Nenhuma intimidade
Excesso de intimidade
Nenhuma intimidade é a razão principal da adoração centrada no homem e tem suas raízes na falta de conhecimento bíblico.
O nosso egocentrismo só vai sendo superado gradativamente na medida em que conhecemos o Deus revelado nas páginas da Bíblia Sagrada. Michael Horton disse que “você pode dizer quem está sendo adorado, no domingo, numa determinada igreja, verificando a quem a cerimônia está tentando agradar”. Nesses cultos a Bíblia é o que menos importa. Na verdade ela é usada como mero pretexto, e esta é a grande catástrofe das pregações pós-modernas: “ao invés de pregarmos a Cristo, e este crucificado, pregamos a humanidade, e esta, melhorada”. Aumentamos assim a falta de intimidade com Deus por meio de um ciclo terrivelmente auto-sustentado.
Excesso de Intimidade é caracterizado pela irreverência.
É quando rebaixamos Deus ao nosso nível e o tratamos como se fosse um de nós ou quando transformamos Deus num mero coadjuvante de luxo da nossa história. Quando achamos que Deus existe para a nossa felicidade, e o tratamos como se ele fosse o servo e nós os senhores.
“O primeiro sinal da decadência de um povo é o abandono de um elevado conceito de Deus” (A. W. Tozer) Um conceito distorcido de Deus nos leva a uma falsa intimidade ou a um excesso de intimidade, o que acaba sendo a mesma coisa. A Bíblia Sagrada é o manual de adoração por excelência e não podemos prescindir dela se quisermos adorar a Deus como se deve. Quando vamos a ela nos deparamos com expressões como:
Expressões essas que dão conta do abismo infinito que existe entre nós e o nosso Deus, que nos colocam em nosso lugar gerando em nós um senso de intimidade reverente. A bem da verdade, a falta de intimidade e o excesso de intimidade se equivalem, pois ambos nascem da falta de conhecimento e anulam a adoração naquilo que é essencial - o relacionamento com Deus. Portanto, se faz necessário um retorno a centralidade da Bíblia em nossa adoração, no nosso culto.Quando Deus nos convida para o louvor e adoração, nos convida para sua intimidade, como bem expressa o Salmo 96:
CANTAI ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR toda a terra. Cantai ao SENHOR, bendizei o seu nome; anunciai a sua salvação de dia em dia. Anunciai entre as nações a sua glória; entre todos os povos as suas maravilhas. Porque grande é o SENHOR, e digno de louvor, mais temível do que todos os deuses. Porque todos os deuses dos povos são ídolos, mas o SENHOR fez os céus. Glória e majestade estão ante a sua face, força e formosura no seu santuário. Dai ao SENHOR, ó famílias dos povos, dai ao SENHOR glória e força. Dai ao SENHOR a glória devida ao seu nome; trazei oferenda, e entrai nos seus átrios. Adorai ao SENHOR na beleza da santidade; tremei diante dele toda a terra. Dizei entre os gentios que o SENHOR reina. O mundo também se firmará para que se não abale; julgará os povos com retidão. Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra; brame o mar e a sua plenitude. Alegre-se o campo com tudo o que há nele; então se regozijarão todas as árvores do bosque, Ante a face do SENHOR, porque vem, porque vem a julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos com a sua verdade.
A ELE TODA GLÓRIA PELOS SÉCULOS DOS SÉCULOS
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